Se você possui na sua empresa profissionais com deficiência visual, faça o cadastro desse pessoal e divulgue esta iniciativa e ofereça a oportunidade para seu colaborador receba um cão-guia.
Após o cadastro, os interessados passarão por um processo seletivo em que serão contemplados 32 deficientes visuais.
Inscrições para candidatos a receber cão-guia
O SESI-SP iniciou no mês do Dia Internacional do Cão-Guia - 25 de Abril, as inscrições para deficientes visuais da Indústria de São Paulo se candidatarem a receber gratuitamente um cão-guia. O objetivo do projeto é proporcionar a estes cidadãos mobilidade autônoma para o trabalho e o desenvolvimento de suas atividades diárias com maior independência e segurança. De acordo com a RAIS 2010 (Relação Anual de Informações Sociais), 1.170 pessoas cegas trabalham na indústria de São Paulo.
São requisitos básicos para integrar o processo de seleção: trabalhar na indústria paulista; morar no estado de São Paulo; ser totalmente cego; ter entre 18 e 65 anos; capacidade de orientação e mobilidade em ambientes urbanos e condições de arcar com os custos de manutenção do animal. Os habilitados passarão por avaliação multiprofissional com psicólogo, médico, assistente social e um técnico em orientação e mobilidade para iniciar a adaptação com o cão-guia. As inscrições devem ser feitas no site www.sesisp.org.br/caoguia.
Atualmente, 19 cães retornaram ao centro de treinamento e 13 filhotes ainda permanecem com as famílias acolhedoras. No treinamento específico, com duração aproximada de seis meses, o cão aprenderá os comandos para ser um cão-guia, desviando de obstáculos como buracos, orelhões, galhos de árvores, dentre outros, e procurando soluções seguras para o usuário. Será ensinado como encontrar entradas e saídas de locais, ponto de ônibus, táxi, metrô e até atravessar na faixa de pedestre. Serão entregues 32 filhotes das raças Labrador e Golden Retriever.
Projeto Cão-Guia SESI-SP
O Projeto Cão-Guia SESI-SP foi idealizado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e presidente do SESI-SP, Paulo Skaf, após receber o repórter Lucas Maia (deficiente visual) e seu cão para uma entrevista. Impressionado com a autonomia de Maia, Skaf passou de entrevistado a entrevistador e tomou conhecimento do alto custo e da dificuldade de se conseguir um animal daqueles no Brasil. Sensibilizado pela questão, determinou que o SESI-SP desse início a um projeto que desenvolvesse a tecnologia de treinamento e pudesse colocar à disposição dos deficientes visuais industriários esses animais tão especiais.
Lançado oficialmente no dia 5 de julho de 2011, o Projeto conta com a parceria do Instituto Meus Olhos têm Quatro Patas, encarregado do treinamento dos animais, e da Fundação Dorina Nowill que atua nas questões técnicas relacionadas à deficiência visual. Em 2011, 32 animais começaram a ser treinados para doação a deficientes visuais. O SESI-SP também colocará à disposição de todas as entidades que se interessem a tecnologia de treinamento.
O Projeto é dividido em três fases, que duram cerca de dois anos: Acolhimento e Socialização; Treinamento; e Instrução da dupla. Na primeira, o filhote é entregue a uma Família Acolhedora, que vai cuidar para que o animal aprenda os comandos básicos necessários para poder receber o treinamento específico de guia. Nessa fase, ele deve frequentar ambientes dos mais diversos e aprender a se comportar com calma e disciplina. Terminada essa etapa, o animal volta ao centro de treinamento do Instituto Meus Olhos têm Quatro Patas e recebe adestramento especializado para tornar-se um cão-guia. Este treinamento dura de seis a oito meses. A terceira e última fase é o período de instrução, no qual o cachorro escolhe o seu futuro dono. Antes da doação final, cão e deficiente passam por um período de adaptação no qual precisarão formar uma verdadeira dupla, atuando em sintonia perfeita. Este último processo tem acompanhamento técnico multidisciplinar pra garantir o sucesso da interação homem cachorro. Paralelamente, a indústria em que o deficiente visual trabalha será orientada quanto às necessidades de adaptação local, visando à acessibilidade da dupla.
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